Não, esse texto não é meu! Ainda não consegui tempo para sentar, ler, escrever, publicar… Pois é, a Dani Marques também cozinha, limpa a casa, cuida dos filhos, coloca nome nos uniformes, faz lancheiras e encapa livros. Amo, mas dá trabalho e leva tempo. Some a isso um lançamento de livro e outros três sendo “gerados”. Se vira nos 30! Mas o blog não pode criar teia, por isso decidi compartilhar com vocês um artigo interessante escrito pela psicóloga Ingrid Machado. Ao final, deixo também 10 lições que podemos aprender num relacionamento saudável. Vale a pena conferir!
E continuo batendo na tecla: Sim, vale a pena lutar! A terapia de casal pode ser uma ótima ferramenta quando os dois lados estão abertos a mudança e em busca de ajuda. Todo o meu apoio!
Feliz 2015! 😉
“A vida a dois é um dos maiores exercícios de convivência do ser humano, que envolve todo um mundo de expectativas em relação ao outro e também em relação aos caminhos que serão trilhados em conjunto. No entanto, apesar de todos os laços afetivos que unem o casal, vários fatores colaboram, ao longo do tempo, para que nem sempre as coisas sigam o rumo esperado. Rotina, trabalho, filhos, contas a pagar, viagens e mesmo doenças podem fazer com que as pessoas se distanciem, reajam de forma inesperada ou se revelem com comportamento bastante diferente do que se esperava. Nessas horas a terapia do amor, ou terapia de casal pode, efetivamente, ser um instrumento de compreensão e união, como ferramenta de reaproximação e diálogo que pode ter deixado de existir. Claro que ninguém se casa pensando em não ser feliz – mas a realização da vida perfeita, do companheirismo que supera todas as dificuldades, da entrega total e irrestrita e da confiança sem limites na maior parte das vezes pode ser uma questão de sorte. Ainda que nenhum fator externo influenciasse a rotina e o casal vivesse em uma redoma, há aspectos da personalidade de cada um que só aparecem com a convivência – daí ser comum se ouvir que só se conhece o outro quando se vive debaixo do mesmo teto. E nem sempre a face real é aquela que esperávamos. As dificuldades diárias enfrentadas como profissionais, como pais e mães, como donos de casa e como marido e mulher influenciam não só na reação às pequenas coisas do dia a dia, mas também na forma como vemos o outro, e é praticamente impossível não levar agentes externos para dentro do casamento. Por isso a terapia de casal pode ter um papel decisivo quando o sentimento original se mantém intacto ainda que por baixo de camadas de mágoas e decepções, de ansiedades e de planos não realizados. Indicada para qualquer tipo de casais, a terapia procura trabalhar os mecanismos psíquicos comuns dos relacionamentos amorosos, sejam de que forma for. Claro que não há um padrão específico ou correto de relacionamento a seguir, muito menos um protótipo estrutural de como um casamento deve ser em relação a idade, época ou tempo de união, mas muitas vezes é preciso trabalhar a maturidade afetiva de forma a atender carências afetivas e também equilibrar vontade de receber aspectos como estabilidade, carinho, compreensão, companheirismo, fidelidade e reconhecimento, por exemplo, com a própria disposição de dar. Assim o conflito se perpetua e cresce, atingindo níveis insuportáveis – mas não necessariamente insuperáveis. A terapia de casal procura trabalhar cobranças, sentimentos exagerados que pautam comumente os relacionamentos modernos, quando vários mitos foram trocados por outros mitos: o “amor eterno” pela “verdade total”, a cobrança excessiva da fidelidade pelo mito da independência, a paixão avassaladora pelo esfriamento do sexo, que muitas vezes nada mais é do que uma adaptação natural do furor inicial, por exemplo. A sociedade cria mecanismos “reguladores” dos relacionamentos que podem tornar-se verdadeiras armadilhas. A falta de diálogo, de paciência e de comunicação com o outro leva aos casais à terapia, mas a própria procura em si do profissional já demonstra a intensão de consertar, de continuar apostando no relacionamento. Os rumos tomados pelo casal a partir do início do processo analítico, no entanto, será definido apenas pelo tempo, ao longo da terapia, conforme as verdadeiras razões dos conflitos forem sendo desvendadas e resolvidas. A vida a dois é um projeto arriscado, como tudo o que realmente vale a pena.”
10 COISAS QUE VOCÊ APRENDE NUM RELACIONAMENTO SAUDÁVEL
1. Os mal-entendidos são inevitáveis: Desentendimentos acontecerão. Às vezes o que você ouve, diz ou faz pode ser entendido de forma errada. Não fique frustrado porque seu parceiro não entendeu, você com certeza também aprontará dessas e, em alguns momentos, não entenderá o outro lado. Volte um passo para trás e preste atenção no quanto esse assunto é importante. Desentendimentos só se tornam problemas se você deixá-los crescer. Dê um tempo, fale e, mais do que tudo, ouça antes de armar a tempestade. A resolução pode ser muito mais simples do que parece.
2. Aprende a confiar: Você tem que confiar em seu parceiro. Por que você compartilha sua vida com alguém se você pensa que essa pessoa está fazendo algo errado toda vez que você vira as costas? Se você não confia no seu parceiro, você não está em um bom relacionamento. Os melhores relacionamentos começam com uma profunda confiança e ela é uma grande chave para a continuidade deles.
3. Percebe que a autonomia também é importante: Quando você está apaixonado, você quer estar junto da pessoa amada o tempo todo! Entretanto, quando você vai para locais de trabalho, escolas separadas ou passa mais tempo com a família, você tem experiências novas e nutre seus outros relacionamentos. Essa separação, além de saudável, é necessária. Quando você sai com seus amigos e seu parceiro passa um tempo com os dele, você tem tempo e espaço para si mesmo e volta para o outro revigorado e cheio de novos assuntos. Momentos separados ajudam você a realmente compreender o valor de seu relacionamento. Sentir falta é ótimo, assim você e o outro também se valorizam mais.
4. Aprende a estimular o crescimento e a mudança: Em um bom relacionamento ambos se encorajam a crescer e mudar. Você tem uma vida para viver – você deve explorá-la ao máximo! Se você quiser sair do seu trabalho e voltar a estudar, o seu parceiro deve apoiá-lo. Se você quer tentar algo novo ou voltar a algo velho, você deve encontrar apoio em seu relacionamento. E você deve dar este apoio em troca. Incentive o seu parceiro para explorar hobbies e interesses. Se você quiser que seu parceiro permaneça sempre o mesmo, vocês terão uma vida muito chata juntos.
5. Aprende que estar comprometido não significa que você é fraco: Você sabe o quanto, em alguns momentos, pode ser difícil se comprometer? Você escolhe seu caminho porque ele parece certo e faz sentido para você. Seu parceiro não concorda com suas escolhas? Dê um passo para trás e analise seus argumentos diplomaticamente. Qual é a conclusão lógica? Se o seu parceiro está certo ou errado? Não tenha medo de concordar com ele quando for o caso. Comprometimento significa parar para ouvir, desenvolver a tolerância e analisar prós e contras de possibilidades de vida. Se um dos dois estiver mais certo que o outro, isso não deve ser o problema. O importante é que a solução seja a melhor escolha.
6. Aprende a admitir suas fraquezas: Seu parceiro não espera que você seja um super-herói, e espero que você não espere isso dele! Somos todos humanos; todos nós temos falhas. Na verdade, para ter um relacionamento sério e estável, você precisa deixar suas fraquezas serem vistas. Se você mostrar quais são seus pontos fracos, há mais chances de que o parceiro seja mais sensível ao que te incomoda.
7. Às vezes, você só pode aceitar as coisas, não corrigi-las: As pessoas têm um bagagem. Você tem a sua e seu parceiro tem a dele. Você pode voltar e apagar tudo isso? Você poderia até querer, mas não pode! Você está preso e é fruto de sua história. Algumas coisas são mais fáceis de superar do que outras, mas a realidade é que, às vezes, você não pode consertar algumas delas. Você não pode simplesmente eliminar ou ignorar alguns problemas Você tem que aceitá-los e superá-los para poder seguir em frente.
8. Perdoar rápido e verdadeiramente: Sempre que vocês tiverem uma briga, não se preocupe com quem ganhou ou quem perdeu. Apenas aprenda – a partir do que foi dito, tanto quanto da forma como foi resolvido. Depois que você aprender com as lições dessa briga, você pode aplicá-las no seu relacionamento para evitar problemas mais tarde. Parece fácil, mas dificilmente o fazemos! Perdoe o seu parceiro! Perdoe-se. A briga acabou, ficou no passado. Nunca alimente nada contra o seu parceiro, tente resolver com ele. Ressentimentos construirão um relacionamento onde você não vai querer ficar.
9. Nunca esperar nada: Não espere que o seu parceiro leia a sua mente, traga café na cama ou se ofereça para lavar os pratos. Isso não vai acontecer. Você não pode esperar nada de ninguém – você tem que informar os seus desejos: comunique-se. Verifique se o seu parceiro sabe o que você espera do relacionamento, bem como as suas opiniões sobre uma grande variedade de questões.
10. Demonstrar seus sentimentos: A pior coisa que você pode fazer em um relacionamento é jogar. Não provoque o seu parceiro; não “recompense” boas ações com amor e carinho. Você tem que ter certeza que seu parceiro sempre se sente amado. Você pode ser feliz com ele ou ficar bravo com ele – não importa – ele só precisa de se sentir amado. Ele precisa saber sobre os seus sentimentos. Mas tenha certeza que você está mostrando seus sentimentos de uma forma que eles não serão mal interpretados (volte para a primeira dica!)
Por Allison Renner, via: Life Hack. Traduzido e ADAPTADO por Josie Conti
Do original: When You’re In A Good Relationship, You Learn These 10 Things